A Herdeira
Quando ouvi falar que a "trilogia" A seleção, deixaria de ser uma trilogia e teria um continuação eu vibrei... Mas ao descobrir que quem narraria era a filha mais velha do casal Amercia e Maxon e não um deles, fiquei um pouco decepcionada, afinal não seria bem uma continuação, e sim uma nova história com fatos cruzados com os livros anteriores. Então eu preferir classificar ela como uma duologia. E foi com essa consciência que fui ler A Herdeira.
Demorei um pouco para iniciar essa leitura por ter visto muitos fãs de A seleção reclamando e concordando com muitos fatos que eu previ, as pessoas ficaram esperando e presas à história anterior. Mas anos se passaram America e Maxon são pessoas diferentes, e só são mencionados através dos olhos de sua filha que não tem muito conhecimento de como foi a seleção na vida dos dois.
Então, por mais difícil que seja, esqueça Maxon e America e comece essa leitura de cabeça aberta.
Outro ponto que vi muitas pessoas reclamando foi sobre a personalidade de Eadlyn, comparando ela com a mãe e com o pai... Mas ela é um ser diferente de seus pais assim como nós somos dos nossos. Ela foi criada para ser Rainha, a primeira mulher a liderar Iléa, já imaginaram a responsabilidade que cai sobre os ombros dela? Ela é dura e fria, pois acha que só assim poderá manter as rédeas, só assim ela conseguirá que as pessoas a levem a sério, porque além de ser nova é mulher, coisa que Maxon e nem America tiveram que passar. E são outros tempos, ela foi criada por pais amorosos, que mimaram ela com todo luxo e conforto possível. No entanto mesmo ela sendo mimada em nenhum momento eu vi maldade em seus atos, ela faz o que acha ser certo e julga ser necessário, mesmo não aceitando completamente o cargo que empurraram para ela, mesmo querendo ter uma vida "normal". E ainda cresceu com seus pais dizendo que ela seria livre para escolher com quem se casar, ela nunca cogitou a hipótese de uma seleção, ela já tinha um plano para sua vida, e de uma hora para outra as coisas mudaram. Eu, sinceramente, compreendo perfeitamente Eadlyn, e gostei muito de sua personalidade, ela é verdadeira mesmo sendo mimada, e a graça está justamente nisso, em ver ela amadurecer, em ver como ela começa a abrir os olhos para coisas que nunca precisou.
Sem falar que a seleção dela é totalmente diferente da de seus pais, primeiro por que ela não deseja se casar, segundo por que quem esta narrando não é o selecionado e sim o selecionador. E vamos combinar que os candidatos são uma negação, não que eles sejam todos ruins, não me entenda mal, pois aos poucos fui me apegando a alguns, mas nenhum deles tem porte suficiente para ela.
Para mim a melhor parte ficou por conta de seus irmãos, e em especial, seu irmão gêmeo Ahren, ele é simplesmente perfeito, defende a irmã (minha parte preferida) de tudo e de todos, me fez chorar e ter raiva e mesmo assim continuar amando seu personagem, da para entender?!
E agora só me resta esperar para ler A Coroa (que eu não gostei da capa, preferia que fosse dourada), pois preciso muito saber o que acontece, já que Madame Kiera Cass tem um péssimo hábito de destruir corações hahahah.