domingo, 13 de setembro de 2015

Livro: Estação Onze


Domingo Da Resenha

A gripe da Geórgia se espalha pela superfície da Terra como uma bomba de nêutrons. O noticiário informa que o índice de mortalidade é de 99%.

Diferente de tudo que já li. Uma leitura que me tirou da zona de conforto. É um labirinto de palavras, tudo vai sendo contado aos poucos, se enroscando e se revelando, misturando passado e presente, e historias que se cruzam. É envolvente e nos faz refletir, imaginar como seria se algo do tipo acontecesse realmente na terra. Será que chegaríamos a tanto? a uma quase extinção? será que perderíamos o controle, assassinando uns aos outros? e mesmo se a resposta fosse sim para essas perguntas, será que demoraríamos tanto para nos reerguer? Eu custo a aceitar a visão da autora, tenho uma perspectiva mais positiva, acho que teria sim muita violência e hostilidade, mas as pessoas arrumariam uma forma de construir uma nova sociedade, um novo mundo, mesmo com tão poucos habitantes. Conhecimento não é algo que morre assim.

"Se o inferno são os outros, o que é um mundo onde não há quase ninguém? Talvez em breve a humanidade fosse simplesmente se extinguir, mas Kirsten considerou esse pensamento mais sereno do que triste. Tantas espécies haviam aparecido e depois sumido desta terra; que diferença fazia mais uma?"
É um livro filosófico, e o que eu mais gostei foi a forma diferente que foi narrado, nos forçando um pouco mais de atenção, fazendo nossa mente trabalhar para unir as historias e montar o quebra-cabeça.

É uma distopia sem heróis, sem revolução, sem romance e sem grandes acontecimentos. Fala sobre amizade, arte e do futuro da humanidade. É interessante e gostei de ler.







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