sexta-feira, 25 de março de 2016

Livro: Por Lugares Incríveis

A resenha de hoje vai ser a que eu fiz para o blog Dois Dedos de Bagunça


Existem diversos tipos de livros, para cada tipo de gosto e cada um com um objetivo . 
Existem aqueles para fantasiar, para nos desligar do mundo atual, para nos aventurar em terras que tudo é possível. 
Existem aqueles para se apaixonar, para amar, para sonhar. 
Existem aqueles para sorrir, entreter e deixar a vida mais leve.

Enfim, a lista é enorme, e onde eu estou querendo chegar com tudo isso?
Dizer que também existe aquele livro que é um soco de realidade, que nos faz enxergar a vida diferente, que vem para abrir nossos olhos para uma realidade negligenciada. Sim, caros leitores, esse livro é desse tipo, e o pior - ou melhor - é que ele começa de forma bem inocente, parecendo mais uma história de amor problemática entre dois jovens.

"Não sou perfeita. Tenho segredos. Sou uma bagunça. Não só meu quarto, mas eu mesma. Ninguém gosta de bagunça. As pessoas gostam de Violet que sorri." - Violet em Por Lugares Incíveis.

E mesmo tendo sido avisada por vários leitores que ele iria me fazer chorar e já imaginando qual seria o final, nada foi suficiente para me preparar emocionalmente para o que esse livro representa, porque ele vai muito além de sua história, ele vai descascando nosso coração aos poucos, com cada palavra, com cada forma de expressão e frases.

"Não mais enraizada,, mas dourada, fluida. Sinto mil capacidades brotarem em mim." - Violet em Por Lugares Incríveis.

Não me apaixonar por esses dois personagens foi impossível. Me envolver com a trama foi automático, e largar o livro para dormir? Nem pensar!
Precisava saber onde tudo ia dar, a trama foi toda amarrada de forma a ser revelada aos poucos, com todo o cuidado de uma escrita leve e ao mesmo tempo intensa. Doce, mas também amarga.

"Aprendi que existem coisas boas no mundo, se você procurar por elas. Aprendi que nem todo mundo é uma decepção, incluindo eu mesmo, e que um salto a 383 metros de altura pode parecer mais alto que uma torre do sino se você estiver ao lado da pessoa certa." - Finch em Por Lugares Incríveis.

Pensei bastante antes de escrever está resenha, me perguntava como iria indicar esse livro se ele partiu meu coração em mil pedaços?
É um livro com tema forte e nada do que eu poderia escrever iria fazer jus ao seu conteúdo. No incio da leitura, imaginei que seria um livro suave e fofo, pois ele tem uma escrita bem agradável e simples e ao desenvolver da trama fui ficando cada vez mais presa. Fui conhecendo Finsh e suas idéias, seu modo de pensar e me apaixonei perdidamente. Cada palavra e cada diálogo vai sendo explorado de forma incrivelmente cativante. Acabei lendo tudo em um dia.

A verdade é que esse livro me tocou de uma forma diferente, em lugares pouco visitados de minha mente, me fez querer olhar para as pessoas de outra forma, mas também me abril para novos sentimentos, para sentir tudo verdadeiramente.
A forma como Finsh saboreia cada palavra é no mínimo inspirador.

"E se a vida pudesse ser assim? Só as partes felizes, nada das horríveis, nem mesmo as minimamente desagradáveis. E se a gente pudesse simplesmente cortar o ruim e ficar só com o bom? - Finch em Por Lugares Incríveis.

Pressão, perdas, negligência, separação, bullying, adolescência, sonhos...
O livro é duro, porque aborda vários assuntos fortes e um deles é o Transtorno Mental e Emocional (depressão, ansiedade, instabilidade mental ou pensamentos suicidas).
A mente é algo incrível, capaz até de nos prejudicar. É certo que a ciência ainda esta tentando desvendar esse labirinto que é nosso cérebro e que ainda temos que fazer muitos avanços nessa área, mas esses transtornos podem ser tratados, sim! 

Mas infelizmente ainda existem muitos tabus em cima dessa doença, tanto por quem sofre desse mal, que acaba com medo de ser taxado de "doido" ou por conta da sociedade, inclusive da própria família, que faz pouco caso, acham que é "frescura", não dão a importância necessária para essa doença que é tão grave quanto o câncer. Exagero? Não, elas atacam de forma diferente, mas são tão devastadoras quanto.

Não são muitas pessoas que diriam isso de mim, mas um ponto positivo da vida é que podemos ser alguém diferente para cada pessoa. - Finch em Por Lugares Incríveis.

Cada individuo é único em sua complexidade, essa é a magia da natureza, então porque julgamos os outros com base no que nós vivenciamos?

E foi esse o ponto mais crucial do livro, ele nos da uma nova perspectiva. Abre nosso leque de mundo. Nos faz sentir e compreender um pouco como se sentem as pessoas que sofrem com qualquer um desses transtornos, mas só quem já passou/passa é que sabe realmente como é ser escrava de sua própria mente. 

"As vezes as coisas são como verdade para gente, mesmo que não sejam." - Finch em Por Lugares Incríveis

A história começa com dois jovens que se conhecem em uma "tentativa" de suicídio, e é a partir daí que esses jovens passam a se conhecer e uma vontade de ficar junto começa a surgir.
Eles se juntam para fazer um trabalho de geografia e acabam descobrindo muito mais do que os lugares incríveis no estado onde moram: a vontade de salvar um ao outro e continuar vivendo.
Mas será isso suficiente para curar todas as feridas que habitam seus corações?




"A cada quarenta segundos, alguém no mundo se suicida."

Não guardem tudo para vocês, conversem com alguém. Se abram. Se não existe essa opção em casa, procure amigos, existe muitos grupos de apoio, usem a internet a seu favor.
Uma opção é o CVV - Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntariamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

"Se você acha que algo está errado, fale. 
Você não está sozinho.
Não é culpa sua.
Existe ajuda pra você."




domingo, 6 de março de 2016

Livro: Felizes Para Sempre




É muito fofo gente!
O livro já valeu cada centavo, só pelas ilustrações e acabamento gráfico.

E tem coisa melhor do que saber mais um pouquinho dos personagens que lhe tiraram o fôlego?
Pois é, esse livro vem com toda delicadeza trazer um pouquinho mais de A Seleção para nossas vidas.

O livro é composto por 8 contos, são eles:

  • A Rainha (conta um pouco sobre histora da mãe de Maxon, a Rainha Amberly);
  • O Príncipe (a história sobre os olhos de Maxon alguns dias antes da seleção);
  • O Guarda (nesse podemos ver um pouco mais sobre como Aspen se sentia dentro do castelo);
  • A Favorita (Conta a história de Marlee e Carter);
  • Cenas de Celeste (Os conflitos de Celeste dentro do castelo);
  • A Criada (História de Lucy e Aspen);
  • Depois de A Escolha (Conta um pouquinho sobre como America e Maxon ficaram depois do casamento);
  • Por onde elas andam? (Conta rapidinho o que aconteceu com as meninas da Elite, que não tiverem seus próprios contos).
E ainda tem, no final, um trecho do livro A Sereia, para podermos ter uma ideia desse seu outro livro (que não tem nada haver com os livros da serie A Seleção).



Todos os contos são ótimos, principalmente para tirar algumas dúvidas que ficam no ar com os 3 primeiros livros da série ( A Seleção, A Elite, A Escolha).

Mas o conto da rainha me deixou com mais dúvidas do que tirou hahahah,  fiquei super curiosa para saber como era a vida dela antes de ir para a seleção e como foi depois de seu casamento...
Teve uma unica coisa que me incomodou, que foi o fato de no livro A Seleção e no conto O Príncipe  informar que a rainha trabalhava em uma fábrica, entretanto no conto da Rainha tem informando que ela trabalhava em uma fazenda... Tá, é uma pequena falha, que não alterou na história em si.

Mas o que eu mais gostei foi que antes de alguns contos teve uma breve descrição da Kiera Cass, falando um pouco da sua opinião, e eu achei lindo o modo que ela comenta de seus personagens, como se eles fossem reais, e principalmente como se as histórias tivessem sua própria vida, como se não dependesse dela e sim, que ela contou o que os personagens lhe revelaram. Que eles eram os donos de suas histórias. Eu achei isso lindo, de uma sensibilidade sem tamanho.

Então, se você é Fã de A Seleção, você precisa ter esse livro em suas mãos!



Algumas das ilustrações do livro.




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Colunista 2DB 2016

É com imensa alegria que venho divulgar que estarei sendo uma das colunistas do blog Dois Dedos de Bagunça, onde irei postar algumas resenhas e fazer muita bagunça durante o ano todo!
Então se preparem que esse ano terá muitos eventos e novidades!


Quando a blogueira Mirela Paes (que também é autora, e vai lançar seu segundo livro esse ano) abriu vagas para Colunistas, enviei um email imediatamente. E tamanha foi a surpresa e felicidade ao receber a resposta. Ela foi super simpática e atenciosa me recebendo de braços abertos nessa família linda de mulheres "Arretadas".

Se você não conhece, o Dois Dedos de Bagunça é um blog e vlog, administrado por Mirela Paes, que traz diversos assuntos ligados tanto a livros, filmes, series, moda, maquiagem etc. Tudo com alegria e muita bagunça.


E meu primeiro post saiu hoje!!! Segue o link: http://doisdb.com/deadpool-o-filme/

Convido todos vocês a conhecerem esse trabalho maravilhoso, que é feito com muito carinho:

Vlog: https://www.youtube.com/channel/UCEIJ9XmEzwilZYByTkdpXEg
Blog: http://doisdb.com/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Série: Shadownhunters

Quem me acompanha ja deve ter percebido que eu gosto muito do saga Os Instrumentos Mortais.
E tamanha era minha ansiedade para o inicio da série Shadownhunters.

Mas também fiquei com o pé atrás, depois do fracasso do filme, bateu um medo de que a série também não ficasse boa.

Eu sei que existe muitas criticas em relação a série que no momento só tem 3 episódios, mas eu realmente estou amando. É claro que sei que não é perfeita, exite sim falhas, principalmente na atuação de alguns personagens e geralmente as lutas são um pouco forçadas, mas para mim a questão não é essa (não sou especialista, então não posso dar uma opinião técnica), e sim o respeito com os fãs em fazer uma adaptação fiel (até agora) e também pela escolha do elenco, no filme o que mais me decepcionou foi o ator (Jamie Bower) que interpretou o Jace, pois ele passou muito longe de ser da forma que imaginava, ele até tentou ser sexy, mas não conseguiu. Já o Dominic, ator que interpreta o Jace da série, está perfeito, estou adorando sua atuação, ele incorporou o personagem. Para vocês terem uma ideia vou mostrar uma foto dos dois para vocês compararem.

Jace do Filme x Jace da Série


Eu gostei muito dos dois primeiros episódios, mas foi no terceiro que eu surtei, ficou muito bom, saiu faísca entre Jace e Clary, eu vibrei como fiz nos livros, despertou em mim os mesmos sentimentos e foi muito bom.
Talvez alguém esteja falando que não esta tão fiel ao livro por terem mudado algumas cenas, mas por favor né gente, as mudanças foram insignificantes, achei que eles optaram por mudar principalmente as cenas que passaram no filme para que não ficasse uma cópia.

Vou separar para vocês as cenas que eu mais gostei dos 3 episódios.

1º Episódio - Cálice Letal:
A primeira cena para mim já foi de suspirar, Izzy está do jeito que imaginei que ela fosse, poderosa. A trilha sonoro e o demônio mudando de aparência ficou show. E a cara que o Dominic faz ficou perfeita para o papel de Jace.



"EU CUIDO DE VOCÊ", Só isso acabou comigo!


2º Episódio - A Descida Não É Fácil:

Temos todos os personagens como deveriam ser, mesmo a interpretação deixando a desejar em alguns momentos percebemos uma evolução comparado ao primeiro. Temos Jace sarcástico, Izzy sensual, Alec ciumento, Clary teimosa, Simon medroso e tudo isso torna os personagens fieis aos livros. Mas além disso temos muitos outros personagens que foram cortados no filme e que na série podemos ter o gostinho de mais do mundo dos Shadownhunters e dos membros do submundo. Como por exemplo Camile e Raphael, que simplesmente aparecem no finalzinho e mesmo a cena sendo diferente de como aconteceu no livro, ficou bom e me deixou muito ansiosa para o próximo episódio.



3º Episódio - Hotel Finados:

As alfinetadas entre os irmãos Lightwood, principalmente as indiretas que Izzy da em Alec, me renderam boas risadas, e se você leu o livro vai entender perfeitamente.



Fiquei completamente sem ar... 


Sem falar que o final do episódio 3 ficou perfeito! Temos Alec plantando a discórdia, Simon na friendzone, Izzy divando, Jace dando fora em Simon, além de olhares penetrantes entre Jace e Clary.






Preciso assumir que não tenho preparação psicológica para quando Max Lightwood (irmão mais novo de Izzy e Alec) aparecer na trama, ainda não sei em qual episódio será, mas já estou com o coração apertado.


E com tudo isso, eu só tenho a dizer que estou amando a série, com seus poucos defeitos e seus grandes acertos. É muito mais do que eu esperava conseguir um dia ver na TV.

Quem não leu os livros, por favor vá ler, e acompanhem a série, que no Brasil é através da Netflix, todas as quartas um episódio novo.







sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Livro: A Herdeira


A Herdeira



Quando ouvi falar que a "trilogia" A seleção, deixaria de ser uma trilogia e teria um continuação eu vibrei... Mas ao descobrir que quem narraria era a filha mais velha do casal Amercia e Maxon e não um deles, fiquei um pouco decepcionada, afinal não seria bem uma continuação, e sim uma nova história com fatos cruzados com os livros anteriores. Então eu preferir classificar ela como uma duologia. E foi com essa consciência que fui ler A Herdeira.

Demorei um pouco para iniciar essa leitura por ter visto muitos fãs de A seleção reclamando e concordando com muitos fatos que eu previ, as pessoas ficaram esperando e presas à história anterior. Mas anos se passaram America e Maxon são pessoas diferentes, e só são mencionados através dos olhos de sua filha que não tem muito conhecimento de como foi a seleção na vida dos dois.

Então, por mais difícil que seja, esqueça Maxon e America e comece essa leitura de cabeça aberta.

Outro ponto que vi muitas pessoas reclamando foi sobre a personalidade de Eadlyn, comparando ela com a mãe e com o pai... Mas ela é um ser diferente de seus pais assim como nós somos dos nossos. Ela foi criada para ser Rainha, a primeira mulher a liderar Iléa, já imaginaram a responsabilidade que cai sobre os ombros dela? Ela é dura e fria, pois acha que só assim poderá manter as rédeas, só assim ela conseguirá que as pessoas a levem a sério, porque além de ser nova é mulher, coisa que Maxon e nem America tiveram que passar. E são outros tempos, ela foi criada por pais amorosos, que mimaram ela com todo luxo e conforto possível. No entanto mesmo ela sendo mimada em nenhum momento eu vi maldade em seus atos, ela faz o que acha ser certo e julga ser necessário, mesmo não aceitando completamente o cargo que empurraram para ela, mesmo querendo ter uma vida "normal". E ainda cresceu com seus pais dizendo que ela seria livre para escolher com quem se casar, ela nunca cogitou a hipótese de uma seleção, ela já tinha um plano para sua vida, e de uma hora para outra as coisas mudaram. Eu, sinceramente, compreendo perfeitamente Eadlyn, e gostei muito de sua personalidade, ela é verdadeira mesmo sendo mimada, e a graça está justamente nisso, em ver ela amadurecer, em ver como ela começa a abrir os olhos para coisas que nunca precisou.

Sem falar que a seleção dela é totalmente diferente da de seus pais, primeiro por que ela não deseja se casar, segundo por que quem esta narrando não é o selecionado e sim o selecionador. E vamos combinar que os candidatos são uma negação, não que eles sejam todos ruins, não me entenda mal, pois aos poucos fui me apegando a alguns, mas nenhum deles tem porte suficiente para ela.

Para mim a melhor parte ficou por conta de seus irmãos, e em especial, seu irmão gêmeo Ahren, ele é  simplesmente perfeito, defende a irmã (minha parte preferida) de tudo e de todos, me fez chorar e ter raiva e mesmo assim continuar amando seu personagem, da para entender?!

E agora só me resta esperar para ler A Coroa (que eu não gostei da capa, preferia que fosse dourada), pois preciso muito saber o que acontece, já que Madame Kiera Cass tem um péssimo hábito de destruir corações hahahah.